Errada.
A afirmação apresenta incorreções conceituais ao associar a teoria do rimland de Nicholas Spykman à "teoria do choque das civilizações" e ao descrever seu foco e implementação.
Primeiramente, a teoria do rimland, proposta por Nicholas Spykman na primeira metade do século XX, não é conhecida como "teoria do choque das civilizações". A "teoria do choque das civilizações" foi formulada por Samuel P. Huntington na década de 1990, muito tempo após o período citado, e possui premissas diferentes. Enquanto Spykman enfatizava a importância geoestratégica das áreas marginais da Eurásia (rimland) no contexto da geopolítica mundial, Huntington discutia os futuros conflitos baseados em diferenças culturais e civilizacionais, não geográficas.
Em relação ao conteúdo da teoria do rimland, Spykman argumentava que o controle da orla marítima da Eurásia (rimland) seria crucial para o domínio global. Sua tese propunha que quem controlasse o rimland dominaria a Eurásia, e quem dominasse a Eurásia controlaria os destinos do mundo. Portanto, a estratégia centrava-se na importância geopolítica dessas regiões como zonas de contenção ao poder terrestre do heartland (principalmente a Rússia).
Além disso, durante o período pós-Segunda Guerra Mundial, a aplicação prática da teoria de Spykman influenciou a política dos Estados Unidos no sentido de estabelecer alianças militares e a presença de bases nas regiões do rimland, como a criação da OTAN na Europa e alianças no Pacífico com Japão, Coreia do Sul, Taiwan e Filipinas. O objetivo era conter a expansão soviética durante a Guerra Fria, alinhando-se com a ideia de conter o poder terrestre a partir do controle das áreas marítimas periféricas.
A afirmação em análise menciona que a teoria se concentra em conter a expansão de movimentos contrários ao Ocidente no Oriente Médio, norte da África, Cáucaso e Leste europeu, através de políticas de fomento econômico financiadas pelos EUA. Embora essas regiões sejam parte do rimland e os EUA tenham implementado políticas de auxílio econômico (como o Plano Marshall na Europa), não é preciso da teoria do rimland atribuir a ela um foco específico em políticas econômicas de fomento como estratégia principal. A teoria de Spykman é fundamentalmente geopolítica, enfatizando o valor estratégico das regiões periféricas da Eurásia e o controle político-militar sobre elas.
Por fim, embora a teoria do rimland tenha influenciado o debate geopolítico no período pós-Segunda Guerra Mundial, especialmente no contexto da Guerra Fria, a descrição fornecida na afirmação deturpa os conceitos centrais da teoria e confunde diferentes correntes de pensamento geopolítico.
Portanto, a afirmação está errada por apresentar informações imprecisas sobre a teoria do rimland de Nicholas Spykman.
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