(CACD 2025) item 35 - (Língua Portuguesa). A forma nominal empregada em “os chamam”, no perío

Enunciado:

No Itamaraty, em dependência do Serviço de Informações, opera autônoma e praticamente sem cessar o telex, espécie de bem-mandada máquina, que tiquetaqueia recebendo notícias diretas radiotelefgráficas. Naquela tarde de 22 de novembro de 1963, passando por ali meu amigo o Ministro Portella, perguntou-lhe um subalterno de olhos espantados: que queria dizer “shot” em inglês? A tremenda coisa, no instante, anunciava-se já completa, ainda quente, frases e palavras golpeadas na longa tira de papel que ia adiante desenrolando-se. “Presidente Kennedy…” Susto e consternação confirmando-se depressa a atitude, os países, todo-o-mundo lívido. Antes que tudo, o assombro. Era uma das vezes em que, enorme, o que devia não se possível sucede, o desproporcionado. Lembro-me que me volveram à mente outras sortes e mortes. E — por que então — a de Gandhi. Tende-se a supor que esses seres extraordinários, em fino evoluídos, almas altas, estariam além do alcance de grosseiros desfechos. Quando, ao que parece, são, virtualmente, os que de preferência os chamam; talvez por fato de polarização, o positivo provocando sempre o negativo. De ensiformes zonas inferiores, onde se atrasa o Mal, medonhantes braços estariam armando a atingir o luminoso; que por mais densas permaneçam defesas de ordem sutil; mas que, se um só momento cessam de prevalecer, permitem o inominável. Para nós a Providência é incompreendida computadorada.

Com base no texto precedente, julgue os itens subsequentes.

Texto do item:

A forma nominal empregada em “os chamam”, no período “Quando, ao que parece, são, virtualmente, os que de preferência os chamam; talvez por fato de polarização, o positivo provocando sempre o negativo.”, se refere a pessoas como o presidente Kennedy e Gandhi, segundo o narrador, estão sujeitas a “grosseiros desfechos”.

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Gabarito sugerido: E
No trecho citado, o sujeito implícito de “chamam” são “esses seres extraordinários” (Kennedy, Gandhi etc.). O pronome oblíquo “os” retoma o núcleo masculino plural mais próximo, isto é, “grosseiros desfechos”. Portanto, “os chamam” significa “chamam-nos (isto é, chamam os grosseiros desfechos)”, não se referindo às pessoas mencionadas, mas aos desfechos que as atingem. A afirmativa, ao dizer que o termo se refere a Kennedy e Gandhi, está incorreta.


Comentário automático feito pela inteligência artificial do Clipping.ai apenas para referência. Comentários dos nossos professores virão a seguir.

O gabarito preliminar veio como Errado. O item é errado mesmo pois o verbo “chamar” não é pronominal. O único sentido pronominal do verbo “chamar” é o de “ter o nome” (“Eu me chamo Dora”)

mas aí não seria no sentido de colocação pronominal de um pronome oblíquo sendo utilizado como objeto direto? Quem chama chama alguém. “Quando, ao que parece, são, virtualmente, os que de preferência os chamam”

Eu achei essa construção de sentença bem peculiar e até redundante, pois me parece que as duas ocorrências de “os” só poderia se referir às pessoas como Kennedy e Gandhi. Eu conseguiria ler essa frase como sendo “Quando, ao que parece, são, virtualmente os que de preferência são chamados”. Para mim são formas equivalentes.

Os grosseiros eventos chamam os seres iluminados como Kennedy e Gandhi.