Questão 50 item 2 - (História Mundial - 1a Fase - CACD 2024). Com o advento da Revolução Industrial, o uso econô

Enunciado:

A ênfase, portanto, incide mais sobre o profundo do que sobre o rápido. Não surpreenderia ninguém que os extraordinários progressos tecnológicos da grande Revolução Industrial não fossem realizados da noite para o dia. Poucas invenções surgem maduras no mundo. Pelo contrário: precisa-se de uma série de pequenos grandes aperfeiçoamentos para que uma ideia se converta numa técnica.

David S. Landes. A riqueza e a pobreza das nações. Rio de Janeiro: Editora Campus, 1998, p. 207 (com adaptações).

Considerando o texto precedente como referência inicial, julgue (C ou E) os itens a seguir, relativos à Revolução Industrial e ao seu contexto histórico.

Texto do item:

Com o advento da Revolução Industrial, o uso econômico do tempo foi rapidamente assimilado pelos trabalhadores das fábricas e dos demais setores produtivos, tendo os aspectos culturais e as formas de execução de tarefas do cotidiano se adequado simultaneamente às novas exigências laborais do capitalismo incipiente.

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Item Errado.

A afirmação apresenta que, com o advento da Revolução Industrial, o uso econômico do tempo foi rapidamente assimilado pelos trabalhadores das fábricas e dos demais setores produtivos, indicando que os aspectos culturais e as formas de execução de tarefas do cotidiano se adequaram simultaneamente às novas exigências laborais do capitalismo nascente. No entanto, essa afirmação não corresponde ao contexto histórico e às análises dos estudos sobre o período.

Durante a Revolução Industrial, houve uma transição significativa de uma economia agrária e artesanal para uma economia industrial e mecanizada. Essa mudança não foi imediata nem facilmente assimilada pelos trabalhadores. O historiador E.P. Thompson, em seu ensaio "Time, Work-Discipline, and Industrial Capitalism", argumenta que a introdução da disciplina do tempo de trabalho nas fábricas foi um processo gradual e muitas vezes conflituoso. Os trabalhadores, acostumados a seguir ritmos de trabalho baseados nas tarefas e nas estações do ano, enfrentaram dificuldades para se adaptar ao controle rígido do tempo imposto pelas fábricas.

A imposição do tempo industrial exigiu mudanças profundas nos hábitos e na cultura dos trabalhadores. Houve resistência por parte deles, manifestada em atrasos, ausências e até sabotagem. Os empregadores tiveram que implementar sistemas de controle e disciplina, como relógios nas fábricas, penalidades por atrasos e incentivos para o cumprimento de horários.

Adicionalmente, o texto de David S. Landes destaca que os progressos tecnológicos da Revolução Industrial não ocorreram "da noite para o dia" e que poucas invenções surgem maduras no mundo, necessitando de uma série de aperfeiçoamentos para que uma ideia se converta em técnica. Isso reforça a ideia de que as mudanças, tanto tecnológicas quanto culturais, foram profundas e levaram tempo para serem incorporadas pela sociedade.

Portanto, é incorreto afirmar que os trabalhadores assimilaram rapidamente o uso econômico do tempo e que os aspectos culturais se adaptaram simultaneamente às novas exigências laborais. O processo foi lento, complexo e marcado por resistências e ajustes graduais, tanto tecnológicos quanto sociais e culturais.


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