Questão 54 item 2 - (História Mundial - 1a Fase - CACD 2024). Paralelamente às consequências econômicas e políti

Enunciado:

Considerando os desdobramentos históricos relacionados à Guerra Fria, julgue (C ou E) os itens subsecutivos.

Texto do item:

Paralelamente às consequências econômicas e políticas do colapso da URSS e da Europa Oriental, que foram mais dramáticas que as ocorridas na Europa Ocidental em fins da década de 80 do século passado, as ricas economias do capitalismo trataram a crise de forma urgente e maciça, tendo o fim da Guerra Fria sido considerado o fim de um conflito, e não o fim de uma era.

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Resposta:

A afirmação é ERRADA.

Análise detalhada:

  1. Consequências econômicas e políticas do colapso da URSS e da Europa Oriental:

    • De fato, o colapso da União Soviética e o fim dos regimes comunistas na Europa Oriental no final da década de 1980 e início da década de 1990 tiveram consequências econômicas e políticas profundas e dramáticas nesses países. Houve transições abruptas de economias planificadas para economias de mercado, o que resultou em recessões profundas, aumento do desemprego, inflação descontrolada e queda nos padrões de vida. Politicamente, houve instabilidade, com emergências de novos partidos políticos, conflitos étnicos e movimentos separatistas.

    • Comparação com a Europa Ocidental:

      • Na Europa Ocidental, não ocorreram mudanças tão dramáticas nesse período. As economias ocidentais estavam estáveis e, embora também enfrentassem desafios econômicos (como qualquer economia), não sofreram rupturas estruturais como as vivenciadas no Leste Europeu. Portanto, a afirmação está correta ao indicar que as consequências foram mais dramáticas no Leste do que no Oeste europeu.
  2. As ricas economias capitalistas trataram a crise de forma urgente e maciça:

    • Assistência ao Leste Europeu:

      • Após o colapso da URSS e a queda do Muro de Berlim, as economias capitalistas ocidentais, lideradas pelos EUA e pela Comunidade Europeia (atual União Europeia), implementaram programas de assistência econômica e técnica aos países do Leste Europeu para apoiar suas transições para a democracia e economias de mercado. Exemplos incluem o Plano Phare (Polônia e Hungria: Assistência para a Reestruturação das Economias) da Comunidade Europeia e a criação do Banco Europeu para Reconstrução e Desenvolvimento (BERD).
    • Avaliação da reação ocidental:

      • No entanto, há debates sobre se essa assistência foi verdadeiramente "urgente e maciça". Muitos criticam que a ajuda ocidental foi insuficiente frente aos desafios enfrentados pelos países em transição. Além disso, a implementação de políticas de "terapia de choque" econômica, recomendadas por instituições ocidentais como o FMI, levou a dificuldades sociais significativas nesses países.
    • Portanto, a afirmação de que as economias capitalistas trataram a crise de forma "urgente e maciça" é, no mínimo, controversa.

  3. Fim da Guerra Fria considerado o fim de um conflito, e não o fim de uma era:

    • Percepção histórica:

      • O fim da Guerra Fria é amplamente reconhecido como um marco histórico que representou não apenas o término de um conflito específico entre EUA e URSS, mas o fim de uma era marcada pela bipolaridade e pela disputa ideológica entre capitalismo e comunismo.
    • Reações das potências ocidentais:

      • Líderes e intelectuais ocidentais frequentemente se referiram ao período como o início de uma "nova ordem mundial". Por exemplo, o presidente dos EUA, George H. W. Bush, em discurso em 1990, falou sobre a oportunidade de forjar uma nova era de paz e cooperação. Além disso, o cientista político Francis Fukuyama publicou, em 1989, o ensaio "O Fim da História?", argumentando que a queda do comunismo poderia representar o ponto final da evolução ideológica da humanidade.
    • Portanto, é incorreto afirmar que as economias capitalistas consideraram apenas o fim de um conflito, sem reconhecer o fim de uma era.

Conclusão:

A afirmação apresenta inconsistências e inexatidões. Embora seja correto que as consequências do colapso da URSS e da Europa Oriental tenham sido mais dramáticas do que na Europa Ocidental, é impreciso afirmar que as economias capitalistas trataram a crise de forma "urgente e maciça" e que consideraram o fim da Guerra Fria apenas como o término de um conflito, e não de uma era. Na realidade, o período foi reconhecido globalmente como o fim de uma era histórica significativa.


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