Certa.
O keynesianismo de fato emergiu como uma resposta à crise do liberalismo econômico que se instalou após a Grande Depressão de 1929. A crise revelou as limitações do laissez-faire e da autorregulação dos mercados defendidos pelo liberalismo clássico. John Maynard Keynes propôs uma nova abordagem, na qual o Estado desempenharia um papel ativo na economia, utilizando políticas fiscais e monetárias para estimular a demanda agregada e promover o pleno emprego.
Essas ideias ganharam corpo com o New Deal de Franklin D. Roosevelt nos Estados Unidos, durante a década de 1930. O New Deal consistiu em um conjunto de programas e políticas que visavam à recuperação econômica, à reforma do sistema financeiro e ao alívio do desemprego e da pobreza. Foi uma aplicação prática dos princípios keynesianos, marcando uma mudança significativa na relação entre o Estado e a economia.
No pós-1945, com o fim da Segunda Guerra Mundial, o keynesianismo consolidou-se ainda mais. A reconstrução da Europa, por meio do Plano Marshall e de políticas nacionais, adotou princípios keynesianos para revitalizar economias devastadas pela guerra. Nessa época, muitos países europeus estabeleceram o Welfare State (Estado de Bem-Estar Social), implementando sistemas abrangentes de seguridade social, saúde, educação e outros serviços públicos, fundamentados na ideia de que o Estado deveria garantir o bem-estar dos cidadãos.
Entretanto, a partir das décadas de 1970 e 1980, o keynesianismo começou a se enfraquecer frente às críticas de economistas como Milton Friedman, líder da Escola de Chicago. Friedman criticava a intervenção estatal e defendia o monetarismo, enfatizando o controle da oferta monetária e a desregulamentação dos mercados como meios para promover o crescimento econômico e controlar a inflação.
As ideias neoliberais de Friedman influenciaram políticas governamentais em várias partes do mundo. Nas duas últimas décadas do século XX, líderes como Margaret Thatcher, no Reino Unido, e Ronald Reagan, nos Estados Unidos, adotaram medidas que reduziram o papel do Estado na economia, promoveram privatizações e liberalizaram mercados. Essa supremacia neoliberal resultou no declínio das políticas keynesianas tradicionais.
Portanto, a afirmativa está correta ao traçar a trajetória do keynesianismo desde sua emergência pós-1929, seu fortalecimento com o New Deal e o Welfare State, até seu enfraquecimento diante das propostas neoliberais de Milton Friedman no final do século XX.
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