CACD Horror Stories

Qual é história mais bizarra de CACD que você conhece?

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Aconteceu com um colega que estudava com um amigom meu um tempo atrás em BH (mas é real!)

Ele tinha uns 5 anos ou mais de estrada. Tinha sido um dos primeiros no TPS, e estava mandando MUITO bem nas provas de terceira fase. Não tinha dúvidas que era o ano dele! Aí último dia de prova ele estava p entrar na sala. Ele coloca a mão no bolso p buscar a carteira de identidade e ela não está lá…

Ele começa a procurar a carteira em tudo em que é canto e nada.

Ele tinha esquecido em casa. Não dava tempo de ir pegar. O fiscal até conhecia ele já (tinha feito a prova anteriormente no local nos dias anteriores, etc) mas não teve como deixar ele entrar.

Ele foi em casa e tentou voltar a tempo, mas era tarde demais.

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Em plena prova, o celular do cara na minha frente toca. Estava dentro do saco plástico etc mas ele tinha esquecido de desligar. O fiscal não perdoou: eliminado

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Caramba, e o que aconteceu com ele no fim das contas?

E ele foi aprovado depois?

Não é das mais bizarras, mas é uma história que ilustra bem a bizarrice que é essa prova.

Era manhã de sexta-feira, primeiro dia da bateria de provas da terceira fase. Eu estava bem ansioso, sobretudo porque tinha 300 linhas de história do Brasil pela minha frente. No ano anterior, quando fiz a terceira fase pela primeira vez, não tinha conseguido terminar a prova de HB. É pouco tempo para muita linha. Não da para fazer um planejamento bem-estruturado da resposta, muito menos rascunho. As provas de HB e de política internacional, que têm duas questões de 90 linhas, são quase uma atividade de psicografia.

Primeira questão: Era Vargas. Além do enorme período, o comando era muito amplo, de modo que teria muita informação para colocar no papel. Tinha de diminuir a letra, mas isso também significava que demoraria mais para escrever as 90 linhas. Não tinha tempo para pensar nisso. Comecei a escrever. Terminei um bom tempo depois de a fiscal ter indicado que se havia passado 1h. Em teoria, tinha de gastar 1h20 com cada questão de 90 linhas e 40min com cada questão de 60. 2h para fazer metade da prova, se fizesse 90+60 e 90+60. Comecei devagar. Precisava acelerar.

Terminei a segunda questão, de 60 linhas. Estava muito atrasado. As duas primeiras horas de prova tinham voado. Quanto mais rápido eu tentava escrever, mais ilegível ficavam os hieróglifos que são a minha caligrafia. Começava a pensar se, mais uma vez, não conseguiria terminar a prova de HB. Perderia muitos pontos. Teria de compensar em outras matérias. Desgraça… não era hora de pensar nisso. Independência do Brasil e redemocratização. Eram as duas questões que faltavam. Bora.

Terminei a questão sobre Independência. Tinha meia hora para escrever 60 linhas sobre Golbery, Sarney, Constituinte, inflação, Lula. Já tinha os temas dos parágrafos, até que uma vontade que eu vinha suprimindo começou a gritar dentro de mim: banheiro pelo amor de DEUS!

Não bebido um gole de água, mas foi inevitável. Precisava ir ao banheiro. Isso me custaria quantos minutos? Chamar o fiscal, esperar a pessoa que estava lá fora voltar, ser revistado, descer um andar até o andar do banheiro, ser revistado de novo e voltar. 5 minutos? Ainda teria perderia o foco, teria de voltar a concentrar-me na resposta. Não dava. Vou segurar. Também não dava.

Vou fazer xixi na calça e foda-se

Pensei nisso por 3 segundos. A humilhação seria demais. Não deixaria o CACD fazer isso comigo. Fui ao banheiro, voltei e escrevi 47 das 60 linhas.

Sai da prova pensando no estado de espírito que esse maldito concurso havia me levado. Para escrever todas as linhas de uma questão, cogitei fazer xixi na calça. A humilhação deu lugar à raiva, dissipando toda a ansiedade e o nervosismo do primeiro dia. Tinha 5 provas pela frente, e faria todas na base do ódio.

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Não, ele acabou não prestando mais o CACD depois disso. :face_exhaling:

Acho que como ele perdeu uma prova (0) acabou sendo eliminado pelas regras do edital da época. Depois, ele acabou desistindo.

Eu acho que o TPS deveria ter 3h30 de manhã e 3h30 de tarde, para se ter justiça e isonomia entre os candidatos (sempre faço correndo e evitando de ter que ir ao banheiro). É uma droga o CACD ser assim, essa correria que privilegia os candidatos mais concurseiros em detrimento dos candidatos mais sábios… A banca deveria ao menos se conceder um tempo de prova adequado que permitisse um equilíbrio entre ambos os perfis.

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Roubaram meus fichamentos que eu construi durante quase 3 anos de HB, PI e ECO.

Eu tinha estacionado o carro em uma rua tranquila na Cidade Jardim (BH). Eu conhecia a região e sabia que não era 100% segura. Mas não tinha NADA no carro além de um fichário onde eu reunia meus fichamentos. Pensei assim: jamais alguém vai quebrar a janela do carro para pegar algo que está claro que é tipo um caderno. Que arrependimento!

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Eu tinha um vizinho aqui no prédio que era viciado em mentir. Ele adorava parar os outros no corredor e contando histórias extremamente duvidosas. Ele não estava trabalhando tb fazia um tempo já e sabia que eu estava prestando CACD.

Um dia ele chamou para pegar uma opinião minha. Ele estava na dúvida pois tinha recebido duas propostas de emprego: uma para diplomata e outra para juiz. E ele estava pensando qual aceitaria.

Foi muito difícil continuar essa conversa com ele, fingindo que eu acreditava e ao mesmo tempo buscando aconselhar diplomaticamente. Não lembro o que eu respondi direito, mas sugeri que tem uma hipotese na CF q vc pode ser um Embaixador sem ter prestado concurso e que p Juiz eu desconhecia esse mecanismo. Acabei sugerindo que era mais difícil ser juiz sem concurso que diplomata sem concurso. Então talvez a magistratura fosse uma oportunidade mais interessante para ele. Enfim…

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Puts, que merda hein. Por favor, me diga que seus novos fichamentos passaram a ser digitais haha

@bot_hb crie uma história trágica mas com um toque cômico que seja baseada em um candidato a diplomata dedicado mas azarado. Faça isso em um parágrafo e seja breve.

Cláudio era um candidato a diplomata tão dedicado que era capaz de recitar de cor a Declaração Universal dos Direitos Humanos enquanto preparava seu famoso feijão tropeiro. Infelizmente, como um imã de azares, sua entrevista caiu justo no dia de uma greve geral - a única em décadas que parou até mesmo o transporte de pombos-correio. Com seus livros de Direito Internacional debaixo do braço, decidiu ir a pé. Quando finalmente chegou, desgrenhado e suando mais do que um político em debate eleitoral, descobriu que a entrevista tinha sido adiada. Cláudio deu de ombros, riu de si mesmo e foi comemorar com um pastel na feira - pelo menos ali, sua sorte nunca falhava.

@bot_hb boa história. Mas não tem entrevista oral no CACD. Conta outra história aí

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Ah, o Bernardo! Um candidato a diplomata cuja dedicação rivalizava com seu infortúnio crônico. Ele passou meses a fio estudando para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata, conhecido como CACD, consumindo quantidades astronômicas de café e memorizando até as anedotas dos ministros das Relações Exteriores. No grande dia da prova de História do Brasil, Bernardo acordou cedo e, por um milagre, não houve imprevistos. Porém, em meio ao teste, um espirro o acometeu tão violentamente que sua caneta lançou-se no ar e aterrissou na cabeça de um fiscal, que, confuso e irritado, quase o expulsou da sala por suposta tentativa de comunicação via caneta voadora. Após esclarecimentos e pedidos de desculpa, o restante da prova transcorreu sem incidentes, embora Bernardo não tenha deixado de notar que sua prova escrita estava decalcada com a marca do azar — um padrão de respingos de café que ele jurava desenhar o mapa de Brasília.

eu queria MUITO ser uma pessoa positiva nessa situação, mas eu entendo muito ele em ter desistido, a prova bateu demais

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