Enunciado:
(…) as nações latinas do Novo Mundo não se podem queixar de deslembradas. Cada incidente, ainda sem grande relevo, encontra repercussão na imprensa europeia. Não aparecem, é verdade, nenhum desses longos estudos, circunstanciados e sábios, onde os mestres em assuntos internacionais dizem o que sabem sobre a história política, social e econômica do país de que se ocupam, para dali deduzirem os seus juízos. Não; como de costume, sempre que se trata das repúblicas latino-americanas, os doutores e publicistas da política mundial se limitam a lavrar sentenças — invariáveis e condenatórias. Como variantes dessas sentenças, eles se limitam a ditar, de tempos em tempos, uns tantos conselhos axiomáticos.
Manoel Bonfim. América Latina, mais de origem. Brasília: Editora Universidade de Brasília, p. 24 (com adaptações).
Em relação às ideias e aos aspectos linguísticos do texto I, julgue (C ou E) os itens a seguir.
Texto do item:
Infere-se do texto que as nações latino-americanas não são lembradas pela imprensa europeia, ou, quando o são, servem, no máximo, como objeto de críticas, de “sentenças condenatórias”.
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Item ERRADO.
No texto, o autor afirma claramente que as nações latino-americanas "não se podem queixar de deslembradas", indicando que elas são, sim, lembradas pela imprensa europeia. Ele destaca que "cada incidente, ainda sem grande relevo, encontra repercussão na imprensa europeia", o que reforça a ideia de que há cobertura frequente sobre esses países.
Entretanto, o autor critica a natureza dessa atenção. Ele aponta que, apesar de haver menções às nações latino-americanas, não são publicados "longos estudos, circunstanciados e sábios" que analisem profundamente a história política, social e econômica desses países. Em vez disso, os "doutores e publicistas da política mundial se limitam a lavrar sentenças — invariáveis e condenatórias". Isso significa que, quando as nações latino-americanas são mencionadas, é frequentemente de forma crítica e superficial.
Portanto, a afirmativa está incorreta porque a primeira parte ("as nações latino-americanas não são lembradas pela imprensa europeia") contradiz o que está no texto. A segunda parte da afirmativa é coerente com o texto ao afirmar que, quando lembradas, servem como objeto de críticas e "sentenças condenatórias". Contudo, como a primeira parte é falsa, o item como um todo deve ser julgado como errado.
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