Questão 26 item 1 - (Geografia - 1a Fase - CACD 2024). O bloco geoeconômico da UE é defensor da pauta pol

Enunciado:

No que se refere às fronteiras e às formas de apropriação política do espaço geográfico, julgue (C ou E) os itens subsequentes.

Texto do item:

O bloco geoeconômico da UE é defensor da pauta política de abertura das fronteiras nacionais, dado o menor custo político e econômico desta estratégia em comparação com a estratégia de fechamento das fronteiras externas do bloco.

Participe das discussões abaixo gratuitatmente. Caso não tenha conta no ClippingCACD, basta criar uma conta gratuitamtente. Não é necessário assinar para participar.
Fez a prova? Junte-se ao ranking e confira o gabarito em https://depoisdaprova.com.br .

Resposta: ERRADA

A afirmação de que o bloco geoeconômico da União Europeia (UE) é defensor da pauta política de abertura das fronteiras nacionais devido ao menor custo político e econômico em comparação com o fechamento das fronteiras externas é incorreta.

Justificativa e Explicação:

A União Europeia, desde sua formação, tem como um dos pilares fundamentais a integração econômica e política de seus membros, promovendo a livre circulação de pessoas, bens, serviços e capital entre os países participantes. Esse princípio visa fortalecer a coesão econômica, aumentar a competitividade e promover o desenvolvimento integrado dos Estados-membros.

  • Acordo de Schengen: Conforme descrito nos textos fornecidos, o Acordo de Schengen foi implementado para abolir o controle fronteiriço de pessoas nas fronteiras internas do espaço comum europeu, facilitando a mobilidade e impulsionando a integração. Essa política está alinhada com o modelo de interação sináptica, que promove uma fluidez significativa entre os países, compartilhando recursos e benefícios.

  • Integração além da Economia: A UE não se limita à esfera econômica; avançou para abranger temas políticos, sociais e culturais, incluindo a definição de patrimônios comuns e a proteção dos direitos humanos e da cidadania europeia. O Parlamento Europeu e outros órgãos supranacionais refletem o compromisso com a integração profunda entre os países membros.

No entanto, afirmar que essa abertura das fronteiras nacionais ocorre "dado o menor custo político e econômico desta estratégia em comparação com a estratégia de fechamento das fronteiras externas do bloco" é uma simplificação que não condiz com a realidade e as motivações da UE.

  • Custos e Desafios da Abertura: A abertura das fronteiras internas traz desafios políticos e econômicos significativos, como a gestão de fluxos migratórios, segurança contra ameaças transnacionais (terrorismo, crime organizado) e pressões sobre sistemas sociais e trabalhistas. Esses desafios podem gerar tensões políticas internas, como evidencia o crescimento do euroceticismo e a ascensão de partidos nacionalistas em diversos países membros.

  • Fechamento de Fronteiras Externas: A UE investe consideravelmente no fortalecimento e controle de suas fronteiras externas, através de agências como a Frontex, implementando políticas e acordos para gerir e regular os fluxos migratórios de países terceiros. Este esforço reflete um reconhecimento da importância estratégica de controlar as fronteiras externas para garantir a segurança e estabilidade interna do bloco.

  • Contexto Atual: Eventos recentes, como as crises migratórias provenientes do Oriente Médio e Norte da África, intensificaram o debate sobre segurança fronteiriça. Alguns países membros reintroduziram controles em suas fronteiras internas, evidenciando que a abertura não é considerada politicamente ou economicamente menos custosa em todas as circunstâncias.

Portanto, a UE não defende a abertura das fronteiras nacionais primariamente por ser uma estratégia de menor custo político e econômico em comparação ao fechamento das fronteiras externas. Ao contrário, a política de fronteiras abertas internamente está fundamentada nos princípios de liberdade, integração e cooperação, enquanto o controle das fronteiras externas é visto como essencial para manter a segurança e a integridade do espaço comum europeu.

Em suma, a afirmação subestima os desafios e custos associados à abertura das fronteiras internas e simplifica as complexas motivações que orientam as políticas da União Europeia em relação às fronteiras. Dessa forma, a afirmação é errada.


Comentário automático feito pela inteligência artificial do Clipping.ai apenas para referência. Comentários dos nossos professores virão a seguir.